sábado, 31 de janeiro de 2015

Com direito a lendas, 

 

Buraco das Araras é

 

passeio imperdível 

 

em MS

 

História e beleza do local se confundem no atrativo turístico em Jardim.
Dolina tem 100 metros de profundidade e 500 metros de circunferência.

Fabiano ArrudaDo G1 MS
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Buraco das Araras em Jardim MS (Foto: Fabiano Arruda/G1 MS)Buraco das Araras tem 100 metros de profundidade (Foto: Fabiano Arruda/G1 MS)
As histórias que cercam o Buraco das Araras em Jardim, a 239 km de Campo Grande, são parte do passeio. Os turistas que visitam o atrativo turístico ouvem dos guias as teorias para o surgimento da dolina, que pode ser definida como uma "colina ao contrário". São 100 metros de profundidade, 160 metros de diâmetro e 500 de circunferência.
Como este fenômeno ocorreu? Uma das lendas mais contadas diz que um meteoro caiu no município sul-mato-grossense formando o local, mas segundo informações do atrativo turístico, estudos mostram que o surgimento do Buraco das Araras começou há cerca 10 milhões anos, apesar de a dolina estar formada há 200 mil anos.
A formação começou com a infiltração da água da região nas fissuras da rocha arenítica, dissolvendo o calcário subterrâneo ao longo do tempo. Esse processo resultou no desmoronamento de uma camada superior formada pelo arenito e provocou o surgimento de dolinas em Jardim. Outro exemplo é a Lagoa Misteriosa.

Existem outras lendas que cercam o “buracão”. Josenildo Rodrigues Vasques, um dos monitores que acompanham os visitantes, conta que ali era considerado por pistoleiros e coronéis o local ideal para eliminar desafetos, afinal, seria praticamente impossível encontrar um corpo no local.
Buraco das Araras em Jardim MS (Foto: Fabiano Arruda/G1 MS)Produtor rural conta como deixou pecuária para
viver do turismo (Foto: Fabiano Arruda/G1 MS)
O produtor rural Modesto Sampaio, 72 anos, conta que comprou a área em 1986 com a finalidade de criar gado para o sustento da família. Ao adquirir a fazenda, diz que era motivo de piadas o fato de sua propriedade possuir o “buracão”.

“Acharam graça, mas aquilo é obra de Deus”, conta ele que, dez anos depois da compra, resolveu largar a pecuária para explorar o turismo, iniciando o processo de reflorestamento na propriedade, outra ideia considerada “de doido”, conta.

“Tiro o sustento da família sem destruir. Gero empregos e conheço gente do mundo todo”, afirma Modesto. Cerca de 20 mil turistas visitam o local por ano.

Localização
O “Buraco das Araras” fica na fazenda Alegria. A área tem 100 hectares, desses, 29 fazem parte da Reserva Particular do Patrimônio Natural (RPPN).
Até 1999 era possível fazer rapel no local, mas a prática foi proibida para proteger o ecossistema. Apenas pesquisadores podem descer para exploração científica.

Na propriedade, o turista tem de percorrer cerca de 900 metros de trilha antes de chegar ao primeiro deck de contemplação da dolina, onde é possível apreciar o voo das araras e de outras 135 espécies de aves catalogadas.
Em seguida, o guia leva o visitante para mais uma caminhada na mata até o segundo deck, que permite outra visão da formação geológica.

Cerca de 50 casais de araras vivem nesta área, segundo Vasques. As aves adotaram o local ao longo dos anos por conta das fendas nas rochas do buraco, utilizadas como ninhos. As araras vermelhas são as mais vistas, mas as azuis também moram por ali.

No fundo dos 100 metros de colina, um casal de jacarés do papo amarelo e sucuris são os moradores. A existência deles no local, segundo informações dos guias turísticos, é desconhecida.

Na volta da trilha à sede do atrativo, conversar com “seo Modesto” e ouvir os “causos” sobre o Buraco das Araras é o encerramento do tour.
Há a possibilidade de contratar ainda o passeio de fotografia, em que o visitante fica o dia todo na propriedade para contemplação das aves.

Turismo em desenvolvimento
Além do “Buraco das Araras”, Jardim oferece a flutuação do Rio da Prata e a Lagoa Misteriosa como outros atrativos turísticos. Mas há locais pouco explorados na cidade que podem ganhar espaço neste roteiro nos próximos anos.

As propriedades Lagoa Grande e Córrego Azul são exemplos. Na primeira, uma espécie de praia foi formada na área e ainda não há exploração turística. O mesmo ocorre na Córrego Azul, uma fazenda em que o rio que corta o local é cristalino e praticamente inexplorado.
Buraco das Araras em Jardim, MS (Foto: Fabiano Arruda/G1 MS)Fazenda em Jardim tem turismo inexplorado (Foto: Fabiano Arruda/G1 MS)
O prefeito da cidade, Erney Cunha (PT), afirma que a administração municipal já monitora o potencial destas propriedades e traça medidas para conceder incentivos fiscais aos proprietários interessados em apostar no turismo.

Segundo ele, o município precisa ganhar visibilidade no setor, a exemplo da vizinha Bonito. Cunha explica que, atualmente, o turismo corresponde a 1% do Produto Interno Bruto (PIB) da cidade. “O objetivo é fazer este percentual chegar de 3 a 5% até o fim do mandato”, disse.
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sexta-feira, 30 de janeiro de 2015

PLANO MUNICIPAL DE CONSERVAÇÃO E RECUPERAÇÃO DA MATA ATLÂNTICA DO MUNICÍPIO DE JARDIM - MATO GROSSO DO SUL

SETEMBRO DE 20122 



COORDENAÇÃO LOCAL Fundação Neotrópica do Brasil (FNB) Coordenação: Márcia Brambilla – Conselheira Curadora da FNB Equipe Técnica: Gláucia Helena Fernandes Seixas – Superintendente Executiva da FNB Marja Zattoni Milano – Coordenadora Técnica da FNB Anne Zugmann – Bióloga da FNB Cecília Brosig – Bióloga da FNB Karen Patrícia Gallo e Silva – Estagiária de Turismo e Meio Ambiente/UFMS da FNB Stefany Rodrigo Oliveira Santana – Engenheiro Agrônomo da FNB APOIO Prefeitura Municipal de Jardim Carlos Piazer – Biólogo do Núcleo de Educação Daniela de Almeida Nantes – Gerente do Núcleo de Meio Ambiente Carlos Eduardo Collucci – Gerente de Núcleo de Desenvolvimento Econômico Fernanda Pinheiro – Turismóloga do Centro de Atendimento ao Turista Conselho Municipal de Meio Ambiente de Jardim (CODEMA) Marcus Antônio Ruiz – Presidente do Conselho Universidade Estadual de Mato Grosso do Sul – Campus Jardim/MS Sidney Kuerten – Gerente da UEMS Ana Maria Soares de Oliveira – Coordenadora do Curso de Geografia PARCEIRA DA ONG MIRA-SERRA EM MS Instituto das Águas da Serra da Bodoquena – IASB3 MAPEAMENTO/GEOPROCESSAMENTO Fundação Neotrópica do Brasil Stefany Rodrigo Oliveira Santana – Engenheiro Agrônomo da FNB, responsável pelo mapeamento e geoprocessamento ARCPLAN S/C Ltda Marcos Rosa – Diretor REVISÃO TÉCNICA MIRA-SERRA Lisiane Becker – Presidente do MIRA-SERRA Gelcira Teles – Coordenadora Executiva do MIRA-SERRA Camargo & Cordeiro Consultores Associados s/s ltda. Sônia Helena Taveira de Camargo Cordeiro – Consultora REALIZAÇÃO APOIO FINANCEIRO 

SAIBA MAIS

http://www.sosma.org.br/wp-content/uploads/2014/04/pmma_jardim.pdf

quinta-feira, 29 de janeiro de 2015

Conservando a Mata Atlântica em Jardim, MS
Jardim é o único município de Mato Grosso do Sul que está recebendo apoio para elaborar o Plano Municipal da Mata Atlântica (PMMA), sob coordenação da Fundação Neotrópica do Brasil, em parceria com o Núcleo de Meio Ambiente da Prefeitura de Jardim e Conselho de Defesa do Meio Ambiente de Jardim.

No total são 10 PMMAs em elaboração no Brasil, que fazem parte do Subprograma Projetos Demonstrativos (PDA), do Ministério do Meio Ambiente. Os recursos para elaboração desses Planos são oriundos da Cooperação Financeira Brasil/Alemanha, por meio do banco alemão KFW.

A Neotrópica e seus parceiros estão realizando oficinas para identificar a situação atual dos remanescentes, as causas da degradação ambiental e as principais ameaças para a conservação da Mata Atlântica no município. As informações geradas em outros Planos e Projetos (Plano Diretor, Plano de Desenvolvimento Integrado do Turismo Sustentado, Projeto de Fortalecimento Institucional Municipal para Gerenciar e Beneficiar-se do Turismo, entre outros), bem como os demais dados técnico-científicos, estão subsidiando essa fase de elaboração do PMMA. Com o diagnóstico pronto, o próximo passo é identificar as prioridades e diretrizes para conservação e recuperação da Mata Atlântica em Jardim, com a ampla participação da sociedade local.

Essa é uma excelente oportunidade para gerar e disseminar conhecimentos sobre a Mata Atlântica no município, além de fomentar o debate entre os diferentes segmentos da sociedade, identificar novos investimentos em atividades de baixo impacto, entre outras.

Um pouco mais sobre a Mata Atlântica
Apesar do bioma Mata Atlântica ser considerado prioritário para conservação, por instituições nacionais e internacionais, esse é o segundo bioma mais ameaçado do planeta, perdendo apenas para as florestas de Madasgascar.

Mesmo reduzida e fragmentada, estima-se que a Mata Atlântica possua 20.000 espécies vegetais, das quais 8 mil são endêmicas (só ocorrem nesse bioma). Destas, 276 estão na lista brasileira de flora de espécies ameaçadas de extinção. O bioma também abriga 849 espécies de aves, 370 espécies de anfíbios, 200 espécies de répteis, 270 espécies de mamíferos e 350 espécies de peixes, com uma lista crescente de espécies ameaçadas de extinção e algumas já extintas.

A Mata Atlântica é fornecedora de benefícios, diretos e indiretos, como a captura de carbono, produção e conservação da água, conservação e produtividade do solo e regulação do clima.

Em Jardim é considerada área de Mata Atlântica as áreas de florestas estacionais deciduais e semideciduais, com destaque aquelas que estão localizadas no Parque Nacional da Serra da Bodoquena, as matas ciliares dos rios da Prata e do rio Miranda, bem como nos demais cursos d’águas do município.

segunda-feira, 26 de janeiro de 2015

Serra da Bodoquena

Origem: Wikipédia, a enciclopédia livre.
Parque Nacional da Serra da Bodoquena
Categoria II da IUCN (Parque Nacional)
Localização Mato Grosso do Sul,  Brasil.
Dados
Área78,681 ha
Criação21 de setembro de 2000
GestãoICMBio
Coordenadas21° 15' 56" S 56° 42' 10" O

Parque Nacional da Serra da Bodoquena está localizado em: Brasil
Parque Nacional da Serra da Bodoquena

Snorkeling em Bonito, na Serra da Bodoquena
A Serra da Bodoquena, situada na borda sudoeste do Complexo do Pantanal, Estado de Mato Grosso do Sul é um dos mais interessantes ecossistemas do Pantanal. Formada pelas cidades de Bonito, Jardim e Bodoquena, conta com o Parque Nacional da Serra da Bodoquena, criado em novembro de 2000, com 76.400 ha, administrado peloInstituto Chico Mendes de Conservação da Biodiversidade (ICMBio).
Tufas calcárias modernas e antigas, estas últimas situadas em canais de drenagem abandonados, apresentam excelentes moldes de folhas, os quais, juntamente com estudos de isótopos de carbono e oxigênio, possibilitam interpretações paleoclimáticas e paleo-hidrológicas. Além deste interesse científico, as tufas calcárias formam conjuntos paisagísticos de inusitada beleza, muito procurados pelos turistas, motivos estes que implicam na necessidade de preservação deste depósitos e atenção especial para a qualidade das águas de seus rios, do que depende a continuidade do processo de formação destes depósitos

Origem[editar | editar código-fonte]

Há mais de um bilhão de anos, formas primitivas de vida habitavam um antigo mar que existia na região.Alguns desses seres eram algas que proporcionaram a formação de sedimentos calcários.Com o tempo esses sedimentos se depositaram no fundo do mar, que secará e hoje esses sedimentos deram origem as pedras cinzas que podem ser avistadas nas cavernas da região, cuja idade é de 650 milhões de anos.

Rios[editar | editar código-fonte]

Os rios da região são conhecidos por suas águas muito cristalinas ebicarbonatadas, de gosto salobro. Tal transparência deve-se aos seguintes fatores: a saída da nascente com pouquíssima turbidez, não adquirindo argila em seu movimento, nas nascentes rochas calcárias muito puras evitam a presença de argila. Este calcário calcário presente nos rios que vem de tais rochas presentes nas nascentes age como um filtro, depositando as impurezas no fundo, onde rochas encontram-se em permanente dissolução e através de fraturas no solo formam cavernas, abismos e condutos subterrâneos

Flora[editar | editar código-fonte]

Além do cerrado, vegetação típica do Brasil Central, encontra-se nos topos de morros, solos calcários e afloramentos rochosos onde ocorre a Floresta Estacional Decidual, onde as plantas perdem todas as folhas na época da estiagem. Em outros ambientes está presente a Floresta Estacional Semidecidual, que perde apenas parte das folhas no neste mesmo período. As matas ciliares presentes nas beiras dos rios e cursos de água, perdem poucas folhas, possibilitando que a umidade seja grande em toda mata.Além, disso a mata ciliar faz papel de em grande protetor das águas cristalinas dos rios, protegendo o solo das chuvas fortes e evitando que o rio seja assoreado por montes de terra levados por estas.

Fauna[editar | editar código-fonte]

A fauna no Planalto da Bodoquena é interessante por seus hábitos. No período seco o agito deles é sinal de que para proporcionar o nascimento de seus filhotes no período da primavera e cresçam quando a oferta de alimentos é maior.
Existe simbiose muito harmoniosa entre as espécies da Serra da Bodoquena. Pássaros e capivaras são um exemplo, afinal as pulgas viram alimentos para os pássaros e a capivara ganha limpeza. O mesmo ocorre com os jacarés do papo amarelo, comuns na região e as borboletas.
Até o momento se conhece mais de 340 espécies de aves, po de mamíferos e 50 de peixes.

Clima[editar | editar código-fonte]

O clima tropical, com temperatura média variando de 25 a 30° C no verão de 15 a 20º C no inverno, podendo atingir 0 a 40 º C. O verão é chuvoso, e o inverno seco são as duas estações presentes no Planalto da Bodoquena. A média pluviométrica varia de 1200 a 1500 mm anuais e o período seco dura 3 a 4 meses com breves estiagens de maio a agosto.
No Planalto da Bodoquena, situado na borda sudeste do complexo do Pantanal, Estado de Mato Grosso do Sul, encontram-se em desenvolvimento inúmeros depósitos de tufas calcárias ao longo da drenagem atual na forma de cachoeiras e barragens naturais. A turbidez das águas dos rios é praticamente nula, e isto se deve ao fato de suas cabeceiras, que cortam o planalto e desembocam na margem esquerda do Rio Miranda, situarem-se em áreas de exposição de calcários muito puros.

Galeria de Fotos[editar | editar código-fonte]

domingo, 25 de janeiro de 2015

Rio Miranda

 
Origem: Wikipédia, a enciclopédia livre.
Rio Miranda
ponte sobre o rio Miranda na divisa de Jardim e Guia Lopes da Laguna
Altitude da nascente320 m
Altitude da foz83 m
País(es) Brasil

O Rio Miranda é um rio brasileiro que banha o estado de Mato Grosso do Sul.
O Rio Miranda é formado no encontro do Rio Roncador e o Córrego Fundo, nos limites dos municípios de Jardim e Ponta Porã, a uma altitude de 320 metros acima do nível do mar. Percorre uma distância estimada de 490 km, desembocando no Rio Paraguai, no município deCorumbá, a 83 metros de altitude. Cruza os biomas Cerrado ePantanal, tendo como principal afluente o Rio Aquidauana.
Trecho do rio no município deJardim.
É no vale do rio Miranda que se desenvolveram importantesmissões jesuítas, na então chamada "Província de Itatim", entre as missões está a cidade deSantiago de Xerez que foi fundada por espanhóis e destruída por bandeirantes paulistas.1 2

Referências[editar | editar código-fonte]

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