segunda-feira, 10 de agosto de 2015

Microrregião de Bodoquena

Origem: Wikipédia, a enciclopédia livre.
Bodoquena
Unidade federativa  Mato Grosso do Sul
Microrregiões limítrofes Aquidauana, Baixo Pantanal, Dourados
Área 22.611,775 km²
População 108.378 hab. Censo 2014
Densidade 4,79 hab/km²
Indicadores
PIB R$ 1.028.412,584 mil IBGE/2008
PIB per capita R$ 10.439,04 IBGE/2008
A microrregião de Bodoquena é uma das microrregiões do estado brasileiro de Mato Grosso do Sul pertencente à mesorregião do Sudoeste de Mato Grosso do Sul. Sua população, segundo o Censo IBGE em 2014, é de 108.378 habitantes e está dividida em 7 municípios. Possui uma área total de 22.611,775 km².

Municípios

sábado, 13 de junho de 2015

SANTO ANTÔNIO É O PADROEIRO DE JARDIM (MS) 

 Santo António de Lisboa

Origem: Wikipédia, a enciclopédia livre.

Ambox important.svg
Foram assinalados vários aspectos a serem melhorados nesta página ou secção:
Santo António de Lisboa
Santo António com o Menino Jesus em pintura de Stephan Kessler
Frade Franciscano e Doutor da Igreja (Doctor Evangelicus)
Nascimento 15 de agosto de 1191 em Lisboa, Portugal
Morte 13 de junho de 1231 (39 anos) em Pádua, Itália
Veneração por Igreja Católica
Beatificação 1232, Roma por Papa Gregório IX
Canonização 30 de Maio de 1232, Catedral de Espoleto por Papa Gregório IX
Principal templo Igreja de Santo António de Lisboa, Lisboa, Portugal e Basílica de Santo António de Pádua, Pádua, Itália
Festa litúrgica 13 de Junho
Atribuições livro, pão, Menino Jesus e lírio
Padroeiro Portugal (padroeiro secundário), Lisboa (padroeiro principal), Pádua, pobres, mulheres grávidas, casais, pessoas que desejam encontrar objectos perdidos, oprimidos, entre outros
Gloriole.svg Portal dos Santos
Santo António (português europeu) ou Antônio (português brasileiro) de Lisboa, também conhecido como Santo António de Páduanota 1 , OFM (Lisboa, 15 de Agosto de 1191-1195? — Pádua, 13 de junho de 1231), de sobrenome incerto mas batizado como Fernando, foi um Doutor da Igreja que viveu na viragem dos séculos XII e XIII1 .
Primeiramente foi frade agostinho no Convento de São Vicente de Fora, em Lisboa, indo posteriormente para o Convento de Santa Cruz, em Coimbra, onde aprofundou os seus estudos religiosos através da leitura da Bíblia e da literatura patrística, científica e clássica. Tornou-se franciscano em 1220 e viajou muito, vivendo inicialmente em Portugal, depois na Itália e na França. No ano de 1221 fez parte do Capítulo Geral da Ordem de Assis, a convite do próprio Francisco, o fundador, que o convidou também a pregar contra os albigenses em França. Foi transferido depois para Bolonha e de seguida para Pádua, onde morreu aos 36 (ou 40) anos.
A sua fama de santidade levou-o a ser canonizado pela Igreja Católica pouco depois de falecer, distinguindo-se como teólogo, místico, asceta e sobretudo como notável orador e grande taumaturgo. Santo António de Lisboa é também tido como um dos intelectuais mais notáveis de Portugal do período pré-universitário. Tinha grande cultura, documentada pela coletânea de sermões escritos que deixou, onde fica evidente que estava familiarizado tanto com a literatura religiosa como com diversos aspetos das ciências profanas, referenciando-se em autoridades clássicas como Plínio, o Velho, Cícero, Séneca, Boécio, Galeno e Aristóteles, entre muitas outras. O seu grande saber tornou-o uma das mais respeitadas figuras da Igreja Católica do seu tempo. Lecionou em universidades italianas e francesas e foi o primeiro Doutor da Igreja franciscano. São Boaventura disse que ele possuía a ciência dos anjos. Hoje é visto como um dos grandes santos do Catolicismo, recebendo larga veneração e sendo o centro de rico folclore.2

LEIA TUDO:

http://pt.wikipedia.org/wiki/Santo_Ant%C3%B3nio_de_Lisboa

 

quinta-feira, 11 de junho de 2015

Ministra apresenta à Câmara acordo climático


Gabriela Korossy/Agência Câmara
Izabella fala para deputados

Nesta quinta-feira (11/06), Izabella Teixeira foi ao Legislativo demonstrar a proposta de corte de gases de efeito estufa que o Brasil defenderá na COP 21, programada para dezembro em Paris
Por: Lucas Tolentino - Editor: Sérgio Maggio O posicionamento brasileiro para o próximo acordo climático foi apresentado, nesta quinta-feira (11/06), ao Legislativo. A ministra do Meio Ambiente, Izabella Teixeira, mostrou aos parlamentares os principais pontos da proposta de corte de gases de efeito estufa que o País defenderá perante a comunidade internacional. A ambição e o desenvolvimento sustentável estão entre os destaques. A apresentação ocorreu na abertura do seminário Mudanças Globais do Clima: Preparatório à 21ª Conferência das Partes (COP 21), realizado na Câmara dos Deputados. O encontro teve o objetivo de divulgar e debater a proposta que o Brasil levará para a COP 21, que ocorrerá em dezembro, em Paris. No encontro, representantes de 193 países precisam chegar a um acordo sobre o corte de emissões com o objetivo de frear o aquecimento global. Para a ministra Izabella, será preciso ter jogo de cintura nas negociações. “Esse não é um debate trivial nem exclusivamente ambiental. Estamos falando de mercados, economias e interesses distintos”, justificou. O acordo que deve ser estabelecido no fim de ano modificará os rumos do desenvolvimento. “As decisões tomadas em Paris vão determinar formas de conciliar o desenvolvimento sem o esgotamento dos recursos naturais”, acrescentou Izabella. ENTRAVES A principal missão da COP 21 será estabelecer um novo acordo de redução de emissões de gases de efeito estufa, que deverá começar a valer a partir de 2020. Existem, no entanto, alguns entraves para serem resolvidos. Entre eles, está a polêmica diferenciação das metas estabelecidas para os países ricos e para os países em desenvolvimento. Além disso, é preciso definir se o futuro documento terá, ou não, caráter legalmente vinculante para os signatários. O subsecretário-geral de Meio Ambiente do Ministério das Relações Exteriores (MRE), embaixador José Antonio Marcondes de Carvalho, destacou as responsabilidades comuns, porém diferenciadas, no corte de emissões: “Há uma questão de equidade e justiça, em que quem poluiu mais deve pagar por isso. Além da redução de emissões, é preciso adotar medidas relacionadas à adaptação, ao financiamento e à transferência de renda.”? O documento que será analisado na COP 21 tem um rascunho construído e aprovado na última Conferência das Partes, a COP 20, realizada em dezembro de 2014, em Lima, capital do Peru. Ao longo de 2015, no entanto, esse texto vem sendo alterado e conta, hoje, com cerca de 90 páginas. “O documento tem uma série de redundâncias e sobreposições porque reflete interesses e visões de diversos países. Será um trabalho árduo enxugá-lo”, analisou José Antonio Marcondes de Carvalho. SAIBA MAIS Apesar de considerado natural, o efeito estufa tem aumentado nas últimas décadas e gerado mudanças do clima. Essas alterações decorrem do aumento descontrolado das emissões de substâncias como o dióxido de carbono e o metano. A liberação desses gases na atmosfera ocorre por conta de diversas atividades humanas, entre elas o transporte, o desmatamento, a agricultura, a pecuária e a geração e o consumo de energia. Com o objetivo de frear os prejuízos verificados, foi criada a Convenção-Quadro das Nações Unidas sobre Mudanças do Clima (UNFCCC, na sigla em inglês), que conta atualmente com 193 países signatários. Todos os anos, representantes de todas essas nações se reúnem na Conferência das Partes (COP) para elaborar metas e propostas de mitigação e adaptação e para acompanhar as ações e acordos estabelecidos anteriormente. No âmbito da UNFCCC, o Protocolo de Kyoto obriga os países desenvolvidos a reduzir em 5% as emissões com base nos dados de 1990. Firmado em 1997 na cidade japonesa, o pacto teve, inicialmente, a adesão de 37 nações ricas, que assumiram diferentes compromissos dentro da meta global de diminuição. Apesar de estar fora do grupo, o Brasil assinou voluntariamente o protocolo e definiu metas próprias de redução em território nacional. O Protocolo vigora até 2020, quando será substituído pelo acordo que as Partes pretendem assinar no fim deste ano, na COP 21, em Paris.

Links:
Acesse o portal oficial da COP21

domingo, 19 de abril de 2015

Jardim é a cidade de MS que mais preserva o bioma Mata Atlântica

A informação é da SOS Mata Atlântica, com base em levantamentos do INPE e faz parte do Atlas dos Municípios da Mata Atlântica, que foi lançado ontem

Marcos Morandi
Do Progresso
O município  faz parte do complexo da  Serra da Bodoquena ,  conseguiu manter  79% de preservação da vegetação natural da Mata Atlântica, de 2012 a 2013. (Foto: Rios Vivos) 
O município faz parte do complexo da Serra da
Bodoquena , conseguiu manter 79% de preservação
da vegetação natural da Mata Atlântica, de 2012 a 
2013. (Foto: Rios Vivos)

O município de Jardim, localizado na região sudoeste, é o que mais conserva a Mata Atlântica em Mato Grosso do Sul, com 79% de preservação da vegetação natural. A informação é da Fundação SOS Mata Atlântica, com base em levantamentos do Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais (INPE) e faz parte do Atlas dos Municípios da Mata Atlântica que foi lançado ontem (17). Depois de Jardim, aparecem Bodoquena, com 65% e Bonito, com 60%, ambas do sudoeste. No Estado, 33 cidades fazem parte do bioma.
A extensão territorial de Jardim é de 2.201,514 quilômetros quadrados, com 24.346 habitantes, com um Índice de Desenvolvimento Humano Municipal (IDHM) de 0,712. É um dos quatro municípios que fazem parte do complexo turístico do Parque Nacional da Serra da Bodoquena, ao lado de Guia Lopes da Laguna, Bonito eBodoquena), apresentando grande potencial turístico. Jardim também possui um grande potencial no segmento do turismo.Sua economia é baseada na pecuária e na agricultura.
Um dos aspectos favoráveis à preservação da Mata Atlântica é a existência de um plano diretor que contribui para a redução do desmatamento, conforme o que estabelece o artigo 43, que diz: “A Zona de Ocupação Especial (ZOE) é definida por áreas verdes, remanescentes, áreas ambientalmente frágeis, e áreas próximas que devem ser protegidas, localizadas junto aos grotões e às nascentes”. Segundo o mapeamento da Fundação e do INPE, no período 2012 e 2013, alguns municípios sul-mato-grossenses apresentaram estatíticas alarmantes. Os percentuais ruins, no entanto, não chegam a fazer parte das primeiras colocações do ranking negativo, mas podem comprometer a existência da Mata Atlântica nestas localidades. É o caso de Coronel Sapucaia, Dourados e Brasilândia, que mantém apenas 6% desse tipo de vegetação.
Conforme os dados da Fundação SOS Mata Atlântica e o Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais, que mapeou 3.429 municípios da Mata Atlântica, Piauí (PI) e Minas Gerais (MG) são os estados que lideram o desmatamento do bioma. Os destaques negativos ficam as cidades de Manoel Emídio (PI) que teve uma perda de 3.314 hectares, seguidas por Alvorada do Gurguéia (PI), com desmatamento de 2.491 hectares, Águas Vermelhas (MG) e Ponto dos Volantes, que desmataram, respectivamente, 843 e 720 hectares.
Os municípios têm de fazer sua parte na proteção da floresta mais ameaçada do Brasil e uma das principais formas de contribuir é através da elaboração e implementação dos Planos Municipais da Mata Atlântica. Mario Mantovani, diretor de Políticas Públicas da SOS Mata Atlântica, explica que o plano traz benefícios para a gestão ambiental e o planejamento do município. “Quando o município faz o mapeamento das áreas verdes e indica como elas serão administradas – por exemplo, se vão virar um parque ou uma área de proteção ambiental – fica muito mais fácil conduzir processos como o de licenciamento de empreendimentos. Além disso, é uma legislação que coloca o município muito mais próximo do cidadão”, afirma ele.


   

sábado, 28 de março de 2015

A lagoa misteriosa
 
Uma lagoa de água azul que impressiona por sua incrível transparência e profundidade, a Lagoa Misteriosa fica no fundo de uma dolina de 75 metros de profundidade, tipo de formação geológica característica de áreas cársticas que é similar a um buraco, a qual é toda coberta por vegetação arbórea e circundada pela mata. 

A partir de 6 metros de profundidade, a Lagoa Misteriosa é considerada uma caverna de gênese freática, isto é, uma cavidade formada pelo fluxo de água do lençol subterrâneo, sendo uma das mais profundas cavernas inundadas do Brasil, atingindo mais de 220 metros de profundidade, registro feito por Gilberto Menezes de Oliveira em 1998. 

Devido as diversas cavidades naturais inundadas existentes na região, como a Lagoa Misteriosa, Abismo Anhumas, Gruta do Mimoso, Buraco das Abelhas, Nascente do Taquaral, entre outras, a Serra da Bodoquena é considerada um ponto de referência no Brasil para a prática do espeleomergulho e um dos melhores lugares do mundo para o desenvolvimento desta atividade. 


A Lagoa Misteriosa estava fechada para visitação turística desde 2005, devido à falta do Plano de Manejo Espeleológico, documento que compreende o diagnóstico ambiental da área e estabelece as diretrizes para o seu manejo e conservação. Neste mesmo ano, a área da Lagoa foi adquirida pelo Grupo Rio da Prata, responsável pelos atrativos Recanto Ecológico Rio da Prata e Estância Mimosa, o qual iniciou os estudos ambientais necessários para o Plano de Manejo, e que irá tocar a operação turística da Lagoa Misteriosa, seguindo as mesmas diretrizes de atendimento de qualidade e sustentabilidade que levaram o Recanto Ecológico Rio da Prata e a Estância Mimosa a receber diversos prêmios nacionais. 

O Plano de Manejo Espeleológico da Lagoa Misteriosa foi finalizado em 2009, elaborado por uma equipe multidisciplinar de 15 pesquisadores, e submetido ao Centro Nacional de Pesquisa e Conservação de Cavernas - CECAV/ICMBIO, que encaminhou ao IMASUL/MS em 2010 um parecer técnico aprovando o Plano de Manejo Espeleológico da Lagoa Misteriosa, com recomendações para o licenciamento da cavidade. 

Em abril de 2009 foi realizada uma Audiência Pública em Bonito, promovida pela Promotoria de Justiça de Bonito, que versou sobre o licenciamento ambiental das cavernas turísticas da Serra da Bodoquena. Esta audiência que reuniu o IMASUL, CECAV/ICMBIO/IBAMA e o trade turístico local, visava esclarecer, por parte dos órgãos públicos, quais os procedimentos necessários à abertura e funcionamento das cavidades com potencial turístico. 

Como resultado ficou estabelecido que o licenciamento ambiental das cavidades turísticas passou a ser competência do Estado, cujo órgão licenciador atualmente é o IMASUL – Instituto de Meio Ambiente de Mato Grosso do Sul. Assim, em 2010 o IMASUL publicou a resolução SEMAC Nº 24/2010 que estabeleceu procedimentos para o licenciamento ambiental das atividades turísticas em cavidades naturais no âmbito do estado do Mato Grosso do Sul. Esta resolução foi muito importante para o turismo de Bonito e Jardim, pois irá permitir que as cavidades turísticas voltem a funcionar, após o seu licenciamento ambiental, conforme foi realizado com a Lagoa Misteriosa.

Assim, em 2011, após 06 anos fechada para visitação turística, a Lagoa Misteriosa finalmente volta a operar, oferecendo os passeios de Trilha e Flutuação, Mergulho com cilindro e Mergulho Técnico.
Lagoa Misteriosa: vista externa
Deque de acesso a Lagoa Misteriosa
Mergulho com cilindro na Lagoa Misteriosa
Peixinhos na Lagoa Misteriosa
Flutuação na Lagoa Misteriosa
Mergulhadores na Lagoa Misteriosa
Mergulhador na Lagoa Misteriosa
Lagoa Misteriosa: vista externa
Mergulhadores na Lagoa Misteriosa: águas cristalinas
Mergulhador sobre o abismo azul
Lagoa Misteriosa: abismo azul

quarta-feira, 18 de fevereiro de 2015

Guia de Aves Serra da Bodoquena a caminho!

Acordar cedo sempre é difícil, mas quando os passarinhos são a finalidade, a preguiça dá lugar à ansiedade. Ainda mais quando o objetivo é a finalização de um guia de aves da região. E ontem lá estávamos eu, Daniel e Diego procurando as últimas espécies que faltavam para o Guia de Bolso Aves de Bonito e Serra da Bodoquena, a ser lançado brevemente.

Assim como o Guia de Plantas e Guia de Mamíferos produzidos anteriormente, este também conta com a parceria da Bion Consultoria. Vários detalhes trabalhados juntos para produzir um material simples mas eficiente para atender o interesse crescente por observação de vida silvestre no Brasil. E como nossa região tinha pouco material sobre o assunto (exceção ao Guia de Campo Fauna e Flora de Bonito), nada melhor de que ajudar o turista a conhecer nossas riquezas naturais através destes guias!

A produção do guia de aves começou há alguns meses, com a difícil tarefa de escolher 135 espécies entre as mais de 400 que ocorrem no Planalto da Bodoquena. Decidimos pelas mais conhecidas e mais fáceis de serem visualizadas pelo turista comum, além de algumas interessantes como o fura-barreira (Hylocryptus rectirostris), uma espécie endêmica das matas ciliares do Cerrado que, embora discreto, é bem comum em nossas florestas. Foi a última fotografada ontem, após uma trabalhosa "negociação" entre a ave e o fotógrafo, mas valeu o resultado!

No último momento conseguimos a foto do fura-barreira (Hylocriptus rectirostris), ufa! Foto: Diego Cardoso

Para quem pensa que a produção de um guia de aves é um trabalho simples, segue um resumo do trabalho: após decidirmos pelo formato da publicação e definir o número de espécies que entrariam, o segundo passo foi escolher as espécies finais (isso porque várias foram mudadas depois da primeira seleção). Definidas as espécies, começa a busca pelas fotos adequadas, ou seja, além de boa qualidade, precisam mostrar a ave em uma posição que permita visualizar suas principais características. Claro que faltavam várias fotos, então a segunda etapa foi sair a campo para buscá-las. E o que parece simples, mostra-se muitas vezes uma tarefa complicada. Isso porque já não é uma época boa para fotografar algumas delas, especialmente as migratórias de inverno.

Começando a busca no próprio quintal: fêmea de canário-da-terra (Sicalis flaveola)...

...e um casal de pica-pau-de-topete-vermelho (Campephilus melanoleucos), que permitiu uma ótima foto depois que outra já havia sido selecionada para o guia. Fotos: Daniel De Granville

Depois de clicar algumas aqui mesmo em nosso jardim, foi hora de buscar as restantes no Rancho da Guavira, na RPPN Estância Mimosa e na RPPN Fazenda da Barra, todas em datas diferentes. A cada saída, oportunidades de fotografar as que faltavam e conseguir novos registros das fotos que não tinham ficado tão boas. Por fim, solicitar aos amigos fotógrafos da região que nos enviassem as derradeiras, fechando assim a coleção de fotos escolhidas.

O pichito (Basileuterus hypoleucus), espécie irriquieta e florestal, fotografado no Rancho da Guavira...

 e um jovem frango-d'água (Galinula galeata) fotografado na Estância Mimosa, num intervalo enquanto procurávamos outras espécies. Fotos: Daniel De Granville

Sem contar o trabalho de editar, recortar e nomear todas as imagens, tem ainda a etapa de construir todo o layout do guia, definir ícones, corrigir todos os textos de nomes científicos, populares e inglês, adequar os demais textos e outros detalhes. Finalmente, mandar para a gráfica no formato adequado e então fazer divulgação e distribuição. 

Ainda na Estância Mimosa, uma nova foto do mergulhãozinho (Tachybaptus dominicus). Foto: Daniel De Granville

Claro que a melhor parte disso tudo é ver o guia pronto e bem aceito pelos observadores de aves que visitam nossa região, mas admito que ir a campo em busca das últimas espécies e ainda aproveitar para passarinhar enquanto as buscadas não aparecem é muito bom! Só ontem, na RPPN Fazenda da Barra, foram 96 espécies pela manhã, um dos melhores lugares para observação de aves de Bonito.

 Um cafezinho (Jacana jacana) passeando no açude da RPPN Fazenda da Barra...

e uma joaninha (Paroaria capitata) flagrada em um bando misto na margem do rio Formoso, dentro da mesma fazenda. Fotos: Diego Cardoso

Agora estamos nos acertos finais, em breve divulgo aqui o lançamento deste novo guia. Enquanto isso, espero que novos guias de campo sejam produzidos Brasil afora, divulgando e incentivando a observação de aves em nosso país. Sua região tem um guia de aves? Que tal começar a criar um?

Uma das minhas poucas contribuições ao Guia de Aves, essa viuvinha (Colonia colonus) foi fotografada na Fazenda Rio Verde, em Jardim. Foto: Tietta Pivatto

terça-feira, 10 de fevereiro de 2015

Festa da Arara Vermelha e Encontro de Observadores de Aves

FONTE: BONITO INFORMA

A cidade de Jardim (MS) sediou nos dias 10 a 12 de outubro a primeira edição da Festa da Arara Vermelha e do Encontro de Observadores de Aves, evento realizado pela Prefeitura e pelo Conselho Municipal de Turismo - Comtur. Veja alguns momentos do evento.



Osmar Ferreira/ Divulgação Prefeitura de Jardim

sábado, 31 de janeiro de 2015

Com direito a lendas, 

 

Buraco das Araras é

 

passeio imperdível 

 

em MS

 

História e beleza do local se confundem no atrativo turístico em Jardim.
Dolina tem 100 metros de profundidade e 500 metros de circunferência.

Fabiano ArrudaDo G1 MS
2 comentários
Buraco das Araras em Jardim MS (Foto: Fabiano Arruda/G1 MS)Buraco das Araras tem 100 metros de profundidade (Foto: Fabiano Arruda/G1 MS)
As histórias que cercam o Buraco das Araras em Jardim, a 239 km de Campo Grande, são parte do passeio. Os turistas que visitam o atrativo turístico ouvem dos guias as teorias para o surgimento da dolina, que pode ser definida como uma "colina ao contrário". São 100 metros de profundidade, 160 metros de diâmetro e 500 de circunferência.
Como este fenômeno ocorreu? Uma das lendas mais contadas diz que um meteoro caiu no município sul-mato-grossense formando o local, mas segundo informações do atrativo turístico, estudos mostram que o surgimento do Buraco das Araras começou há cerca 10 milhões anos, apesar de a dolina estar formada há 200 mil anos.
A formação começou com a infiltração da água da região nas fissuras da rocha arenítica, dissolvendo o calcário subterrâneo ao longo do tempo. Esse processo resultou no desmoronamento de uma camada superior formada pelo arenito e provocou o surgimento de dolinas em Jardim. Outro exemplo é a Lagoa Misteriosa.

Existem outras lendas que cercam o “buracão”. Josenildo Rodrigues Vasques, um dos monitores que acompanham os visitantes, conta que ali era considerado por pistoleiros e coronéis o local ideal para eliminar desafetos, afinal, seria praticamente impossível encontrar um corpo no local.
Buraco das Araras em Jardim MS (Foto: Fabiano Arruda/G1 MS)Produtor rural conta como deixou pecuária para
viver do turismo (Foto: Fabiano Arruda/G1 MS)
O produtor rural Modesto Sampaio, 72 anos, conta que comprou a área em 1986 com a finalidade de criar gado para o sustento da família. Ao adquirir a fazenda, diz que era motivo de piadas o fato de sua propriedade possuir o “buracão”.

“Acharam graça, mas aquilo é obra de Deus”, conta ele que, dez anos depois da compra, resolveu largar a pecuária para explorar o turismo, iniciando o processo de reflorestamento na propriedade, outra ideia considerada “de doido”, conta.

“Tiro o sustento da família sem destruir. Gero empregos e conheço gente do mundo todo”, afirma Modesto. Cerca de 20 mil turistas visitam o local por ano.

Localização
O “Buraco das Araras” fica na fazenda Alegria. A área tem 100 hectares, desses, 29 fazem parte da Reserva Particular do Patrimônio Natural (RPPN).
Até 1999 era possível fazer rapel no local, mas a prática foi proibida para proteger o ecossistema. Apenas pesquisadores podem descer para exploração científica.

Na propriedade, o turista tem de percorrer cerca de 900 metros de trilha antes de chegar ao primeiro deck de contemplação da dolina, onde é possível apreciar o voo das araras e de outras 135 espécies de aves catalogadas.
Em seguida, o guia leva o visitante para mais uma caminhada na mata até o segundo deck, que permite outra visão da formação geológica.

Cerca de 50 casais de araras vivem nesta área, segundo Vasques. As aves adotaram o local ao longo dos anos por conta das fendas nas rochas do buraco, utilizadas como ninhos. As araras vermelhas são as mais vistas, mas as azuis também moram por ali.

No fundo dos 100 metros de colina, um casal de jacarés do papo amarelo e sucuris são os moradores. A existência deles no local, segundo informações dos guias turísticos, é desconhecida.

Na volta da trilha à sede do atrativo, conversar com “seo Modesto” e ouvir os “causos” sobre o Buraco das Araras é o encerramento do tour.
Há a possibilidade de contratar ainda o passeio de fotografia, em que o visitante fica o dia todo na propriedade para contemplação das aves.

Turismo em desenvolvimento
Além do “Buraco das Araras”, Jardim oferece a flutuação do Rio da Prata e a Lagoa Misteriosa como outros atrativos turísticos. Mas há locais pouco explorados na cidade que podem ganhar espaço neste roteiro nos próximos anos.

As propriedades Lagoa Grande e Córrego Azul são exemplos. Na primeira, uma espécie de praia foi formada na área e ainda não há exploração turística. O mesmo ocorre na Córrego Azul, uma fazenda em que o rio que corta o local é cristalino e praticamente inexplorado.
Buraco das Araras em Jardim, MS (Foto: Fabiano Arruda/G1 MS)Fazenda em Jardim tem turismo inexplorado (Foto: Fabiano Arruda/G1 MS)
O prefeito da cidade, Erney Cunha (PT), afirma que a administração municipal já monitora o potencial destas propriedades e traça medidas para conceder incentivos fiscais aos proprietários interessados em apostar no turismo.

Segundo ele, o município precisa ganhar visibilidade no setor, a exemplo da vizinha Bonito. Cunha explica que, atualmente, o turismo corresponde a 1% do Produto Interno Bruto (PIB) da cidade. “O objetivo é fazer este percentual chegar de 3 a 5% até o fim do mandato”, disse.
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